tag:blogger.com,1999:blog-38488345471785894792024-03-12T17:11:25.804-07:00olhos de boxerVictor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-38166744564888662322017-02-21T03:21:00.002-08:002017-02-21T03:22:13.750-08:00atrasado em um dia<div style="text-align: justify;">
Não houve post ontem porque não houve tempo. Mas vai haver hoje porque hoje há tempo. </div>
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Sábado à noite fui na famigerada Três. Aniversário da namorada do meu melhor amigo. Ou aniversário da Nate, namorada do Braian. </div>
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Eu ia escrever que foi bom, e foi mesmo. Mas travei porque pensei em todos os aspectos do lugar, e lá em si não é muito bom. Pessoas presas demais, ansiedade demais. Todo mundo parece nervoso. Até eu fiquei nervoso. No segundo andar, olhando as pessoas dançando na pista, é um exercício interessante de análise do comportamento humano. </div>
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A Nate levou junto duas amigas e eu acho que estou apaixonado. Não vou falar muito sobre isso, deixa no ar mesmo, mistério sem mistério. Pouco interessa.</div>
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O mais engraçado foi ter encontrado a Pietra lá, com os seus amigos de Estância Velha. Se a gente tivesse combinado de ir, provavelmente não teria ido. Depois de nos encontrarmos, passamos um bom tempo juntos. Fomos até a área de fumantes tentar conseguir alguns cigarros, e deu certo. </div>
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Depois, quando nós voltamos pra festa, ainda tentei manter a nossa dupla unida durante algum tempo, mas ela me dispensou aos poucos. Aí eu fui reencontrar os meus amigos, que fizeram uma festinha irônica quando cheguei. </div>
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Estou bastante arrependido de ter passado tanto tempo afastado deles durante a festa. Foi uma porcaria da minha parte, uma canalhice. Eu não sei se eles se importam, provavelmente não, mas pra mim é uma merda. Vou passar o resto da vida lembrando dessa noite como aquela onde eu fiz essa cagada. </div>
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Começaram as aulas na Unisinos. Ontem, precisamente. Foi a noite mais quente da minha vida. Nas salas de aula da segunda universidade mais cara que existe nessa redondeza, não têm ar condicionado. O calor estava tão extremo que, no meio de uma explicação, o professor falou "tá quente pra cacete", entre uma frase e outra. Só uma parte da turma riu, a outra nem ouviu, porque foi muito rápido. </div>
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A pele de todo mundo reluzia com o suor. Não tinha trégua. Foi algo inédito pra mim, porque geralmente de noite a temperatura cai um pouco, mas estava como se fosse dia. </div>
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Aspecto interessante sobre a minha turma: parece uma fusão de todas as turmas que participei no semestre anterior. Várias combinações inéditas e inesperadas. Uma das gurias que era minha amiga na aula de Economia, por exemplo, é amiga de uma guria muito gata que estava na aula de Antropologia. </div>
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Agora a aula é Análise de Investimentos, uma daquelas que possuem aspectos muito óbvios e lógicos e outros totalmente inéditos, que eu desconheço. Vai ser interessante, o professor parece ser bom. Ele não é picareta.</div>
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Ok, agora uma recomendação de leitura. <a href="http://digg.com/2017/teen-substance-abuse-mosaic" target="_blank">Essa matéria sobre como a Islândia fez os jovens pararem de beber e usar drogas</a> é muito boa. Basicamente, as prefeituras agiram localmente, propondo atividades esportivas nas escolas, fazendo campanhas para que os pais passem mais tempo útil com os filhos, e criando um toque de recolher noturno (medida polêmica). </div>
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A matéria enfatiza que o modelo a ser replicado é a gestão municipal, e não as medidas em si. As mesmas medidas foram aplicadas em outros lugares e não funcionaram, indicando que o estudo de caso deve ser realizado a cada cidade. </div>
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Gostaria de ressaltar que essa deveria ser a lógica em toda a administração política, na minha opinião. Mas é claro que Brasília vai continuar lá, centralizando tudo. É a lógica da burocracia, a facilitação da corrupção.<br />
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O Internacional é uma lástima. </div>
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Não tenho paciência agora, mas farei um comentário mais longo.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-77306633479113366202017-02-13T02:56:00.004-08:002017-02-13T02:56:41.071-08:00desculpem por semana passada<div style="text-align: justify;">
Olá, fantasmas.</div>
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Falhei na semana passada e o newsletter (que não pode nem ser chamado assim) não foi escrito. Lamento muito a falta de consideração. </div>
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Apesar de ler bastante durante a semana, escrevi pouquíssimo. Acredito que isso seja uma punição à falha da semana anterior. </div>
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No domingo anterior, houve o Super Bowl. Fui assistir o jogo na casa de um amigo, e ele me deu o Guia do Mochileiro das Galáxias. Estou no finalzinho. É bacana, engraçado, mas acho que estou lendo ele velho demais para apreciar ao todo. </div>
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Esse mesmo amigo me emprestou Good Omens, do Neil Gaiman e Terry Pratchett, numa edição de bolso em inglês. As edições de bolso internacionais são de bolso mesmo: pequenas, com papel de jornal e letrinha minúscula. Não parece nada com os livros da Companhia de Bolso brasileira, que mais parecem um tablet do que um celular. </div>
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Ainda não comecei a ler, mas acho que será o próximo. Estou lendo alguns livros ao mesmo tempo, e tenho outros vários a disposição para começar, o que me confunde um pouco. Talvez, ter tantos livros a disposição seja uma praga ao mesmo tempo que uma benção.</div>
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Não saí nesse fim de semana. Aproveitei para começar a assistir Twin Peaks, o que me deixou ainda indignado com Stranger Things. Descobri que a segunda é uma cópia sem vergonha da primeira, e é inaceitável o sucesso que fez, considerando o total desconhecimento sobre TP. Garanto que, se TP fosse famosa, ST não faria sucesso ou não existiria. Já achava ruim, mas agora gostei menos ainda.</div>
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TP, por sua vez, começa bem promissor. Só vi o primeiro episódio, porque os outros ainda não baixaram, mas as atuações, trilha sonora, e a filmagem estranha criam uma estética estranha, que adiciona e muito ao contexto da série. </div>
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Usar ferramentas de linguagem variadas como instrumento para contar a história: algo que eu só notei recentemente. Pra escrever, pode diferenciar um bocado. Claro que nas artes visuais é muito mais evidente (como em O Silêncio dos Inocentes, o melhor exemplo que eu já vi), mas nos livros também. A forma como o escritor utiliza as palavras, frases e parágrafos pode tornar a mesma história totalmente diferente, se contada de forma variante. Enfim, divagações de um iniciante.</div>
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Depois do excelente jogo entre Nadal e Federer na final do aberto da Austrália, muitas pessoas compartilharam o artigo de David Foster Wallace sobre o suíço, lançado no New York Times em 2006, <a href="http://www.nytimes.com/2006/08/20/sports/playmagazine/20federer.html" target="_blank">Roger Federer as a Religious Experience</a>. Vou aproveitar o embalo e recomendar também. Ainda não li muito do que foi escrito por DFW, mas não se pode negar que o bicho é assustador. Nesse artigo, ele surfa entre aspectos técnicos do tênis e o deslumbramento de uma pessoa comum assistindo, no máximo entre entender do esporte (DFW era um excelente tenista) e acompanhar de forma ingênua.</div>
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Outro artigo famoso dele, <a href="http://www.gourmet.com/magazine/2000s/2004/08/consider_the_lobster.html" target="_blank">Consider the Lobster</a>, também está disponível online, no site da revista que o lançou, a Gourmet, e fala sobre o festival de lagostas do Maine. Ele descreve o consumo de lagosta e todo o ritual sobre ela, também pondera sobre o aspecto único envolvendo o animal (geralmente ele é cozinhado vivo) e, por fim, reflete sobre o sofrimento dos animais, ser carnívoro, e etc.</div>
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Sinto que tinha mais para escrever, mas tenho que parar.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-62315323447461827982017-01-30T02:21:00.001-08:002017-01-30T02:21:18.637-08:00hoje eu não estou inspirado<div style="text-align: justify;">
Já é segunda feira de novo. Comecei a trabalhar no banco na quarta feira passada. A parte mais interessante é o horário, das dez às quatro com quinze a trinta minutos de intervalo. O tempo passa muito rápido quando se tem o que fazer - geralmente, ajudar pessoas que não sabem usar o caixa eletrônico. Por enquanto, vai tudo tranquilo.</div>
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Meu notebook está estragado, então estou escrevendo do computador do meu irmão. Apesar de ter todos os meus arquivos na nuvem, é difícil ficar sem a máquina. Sempre que eu quero abrir algum arquivo, tenho que baixar ele primeiro, e não sei onde guardar aqui. Também esse computador é bem lento. A única vantagem é a tela grande no nível dos meus olhos. Sem dúvidas, esse aspecto é muito melhor no computador do que no notebook. </div>
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Sexta feira fui na Cucko, em Porto Alegre, pela segunda vez. O som estava bom, a bebida também - apesar de um pouco cara -, tomei vodka com energético (o drink da juventude gaúcha contemporânea) e caipirinha. Tinha duas pistas, uma de rap e outra de funk. O pior aspecto, sem dúvidas, é a fila quilométrica para entrar já duas horas antes da casa abrir. Fila recheada de um pessoal com dezoito-anos-recém-completos, loucos pra experimentar o que é uma festa. Ou até mesmo com a carteira falsa. </div>
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Apesar de beber bastante, não passei do ponto comum de bêbado e não tive ressaca. Dormi até as treze na casa do Braian no outro dia. Fomos de Uber de POA até SL, deu cinquenta pila. O motorista tinha umas balas muito boas, e na hora de sair do carro, eu saí e depois voltei pra pegar mais. O Braian e a namorada acharam engraçado, mas a bala era boa demais pra deixar passar.</div>
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No outro dia, quando fui comer a última que tinha pego, acabei engolindo ela inteira sem querer. Frustrante. </div>
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Foi uma noite muito boa, o lugar parecia estar melhor pra mim do que da última vez que eu fui lá. Até porque da última vez, bebi demais e passei só uma hora ativo, depois vomitei, dormi, e só acordei no fim da festa. Não tinha forma de ter gostado.</div>
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Sábado também foi bom, apesar da sensação constante de estar atrapalhando o meu casal favorito, o Braian e a Nathalia, porque só fui embora às oito da noite. Passamos a tarde na casa dele vadiando e depois fomos no shopping comer. Não conseguia parar de pensar que deveria ir embora.</div>
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Links interessantes: <a href="http://lithub.com/the-best-literary-writing-about-sex/" target="_blank">The Best Literary Writing About Sex</a>, no Lithub, um compilado de trechos descrevendo cenas de sexo em livros de ficção. Alguns trechos são muito bons porque realmente fogem ao comum. Por exemplo, quando a mulher é masturbada no cinema, no livro de Rachel Kushner, e o trecho de John Huakell descrevendo como o sexo pode ser vazio, mas sem dizer exatamente isso. Vou procurar os dois livros.</div>
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<a href="https://medium.com/puntero-izquierdo/st-pauli-o-clube-que-vai-al%C3%A9m-b58c69b63cba#.stptkc71p" target="_blank">St. Pauli, o clube que vai além</a>, uma reportagem longa de um dos melhores sites de futebol do Brasil, o Puntero Izquierdo, e que foi feita com financiamento via crowdfounding - uma das tentativas do jornalismo se reinventar. O St. Pauli é um pequeno clube de Hamburgo, com uma torcida composta por moradores do bairro, e possui uma ideologia fortemente ligada com a esquerda. A torcida manifesta abertamente o apoio aos imigrantes e é contra o racismo e a homofobia. Impressiona a forma como torcem e como não se importam com os resultados, mas sim, que o time não perca as raízes de clube pequeno de bairro com tolerância máxima.</div>
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Descobri que mesmo com um email excluído, a sua conta do Google se mantém ativa. Eu tinha uma conta com email hotmail, e exclui esse email faz um tempão, mas a conta do Google continuava lá, firme e forte. Exclui ontem. Tomem cuidado com o seus rastros digitais. </div>
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Não consigo me lembrar de mais nada interessante para dividir. Links ou coisas assim. Acho que vou parar por aqui, então. </div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-54877937921556468932017-01-23T08:42:00.000-08:002017-01-23T08:42:04.937-08:00como se fosse uma newsletter<div style="text-align: justify;">
Oi. Essa é a minha última segunda feira em casa antes de voltar a trabalhar.</div>
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Nessas três semanas do início de janeiro, eu aproveitei para ler muito. Não vou falar sobre tudo. Só um pouquinho, vai. Lê aí, não dói nada. Faz carinho na cabeça.</div>
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Estou no terço final do livro Contos Completos, de Sérgio Faraco, um escritor gaúcho que talvez não seja tão conhecido nacionalmente. Ele se divide em três partes que são caracterizadas pela temática: a primeira é de contos sobre o povo da fronteira do Rio Grande do Sul. Ele tem um conhecimento vastíssimo do dialeto fronteiriço, o que acaba sendo bem interessante de ler. As histórias são sobre a vida dessas pessoas, geralmente contadas por gaúchos que trabalham com chibo (tráfico de artigos como farinha e roupas da Argentina e Uruguai) e coisa parecida. A segunda parte é toda da perspectiva de uma criança, sendo histórias que me lembraram um pouco o livro Nu, de Botas, de Antonio Prata, também com um narrador infantil com uma visão peculiar de mundo (mas o livro do Antonio é melhor que essa parte). A última parte eu estou começando, é mais urbana e adulta. </div>
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Li muitos artigos também, alguns dos quais eu gostaria de compartilhar (estão em inglês).</div>
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<a href="http://www.lionsroar.com/how-to-be-a-bodhisattva-2/" target="_blank">How to Be a Bodhisattva</a>, do site Leon's Roar. Apesar de saber que não é necessário <i>só isso </i>para ser um Bodhisattva (uma das "posições" ou "títulos" - não sei a denominação correta - mais altas do budismo), o texto traz ideias muito interessantes sobre amar ao próximo e a si mesmo. Também sobre viver o momento presente e desfrutar o máximo dele. Excelentes ideias para começar o ano. </div>
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Sobre Bodhisattvas e o budismo como um todo, no site do Eduardo Pinheiro, um dos escritores mais interessantes da internet brasileira, na minha opinião, há <a href="http://tzal.org/perguntas-respostas/" target="_blank">uma seção de perguntas e respostas</a> excelente. A leitura não é recomendada segundo os conceitos budistas - porque o budismo deve ser ensinado por um mestre em um templo, e não lido como curiosidade na internet -, mas eu fiquei fascinado demais para deixar passar. São explicações de um verdadeiro budista, tentando ser o mais didático possível sobre algo totalmente deturpado quando veio do oriente para o ocidente e que deve ser ensinado somente por professores para alunos realmente comprometidos. Carma ruim, mas um conhecimento incrível. </div>
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Na excelente revista Aeon, o artigo <a href="https://aeon.co/essays/how-each-generation-gets-the-drugs-it-deserves" target="_blank">Drugs du jour</a> relata a história do consumo de drogas no século XX, mostrando a relação entre os sintéticos e o momento cultural de cada década, relacionando até mesmo consumo de drogas específicas com classes econômicas, raciais e etc (como a cocaína em Wall Street nos anos 80). Comenta sobre o consumo atual de antidepressivos e estimulantes, incentivado pela indústria farmacêutica através do diagnóstico cada vez mais comum de distúrbio de atenção e depressão em jovens. </div>
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O artigo termina com uma reflexão interessante: antigamente, as drogas eram utilizadas pontualmente, para poder se expressar ou <i>fugir de uma realidade ruim</i>. Atualmente, o consumo de drogas faz parte da rotina e a pessoa precisa para <i>viver na realidade</i>. Um excelente modelo de negócios para a indústria, convenhamos.</div>
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Então é isso. Chega por hoje. Vou tentar escrever semanalmente, nos moldes da newsletter do Warren Ellis, que eu descobri recentemente. Só que não vai ser uma newsletter, vai ser um blog mesmo. Por sinal, procurem e assinem. Ele é um quadrinista britânico que sempre recomenda bons artigos e tem reflexões interessantes. Na última edição, ele falou sobre porque está ok acertar um soco em um nazista (uma espécie de meme politizado, algo que eu gostei). </div>
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Tchau</div>
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Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-1534691965726071712017-01-21T15:13:00.000-08:002017-01-21T15:13:06.043-08:00século xxiseus sentimentos foram expostos na rede social<br />
não visualizados<br />
sua declaração tornou-se trending topic<br />
não correspondida<br />
é difícil ler os sinais na internet<br />
ser seguido, seguir, curtir, compartilhar, comentar<br />
<br />
tem forma de voltar para como era?<br />
abandonarmos os diversos meios de mandar diversos sinais<br />
comunicação básica<br />
<br />
mas se voltássemos para quando tínhamos de nos conhecer<br />
para nos conhecer<br />
eu provavelmente nunca teria te conhecido...Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-43197913009229379882017-01-18T10:53:00.000-08:002017-01-18T10:53:16.006-08:00saturday night lights<div style="text-align: justify;">
Já que eu ando sem ideias para escrever nesse blog e não gosto de deixá-lo desatualizado, tentarei algo diferente hoje. Vou descrever o que fiz nesse último sábado, precisamente a noite que tive.</div>
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Saindo de Novo Hamburgo, peguei o trem para Porto Alegre junto com meu amigo Gabriel Schmokel, onde encontramos a terça parte desse grupo, Vinícius Bernardes. Combinamos de assistir um show cover de Chico Buarque em um lugar que nenhum de nós nunca tinha ido, uma casa de shows na Cidade Baixa.</div>
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O vini mora na CB, o que facilita muito qualquer programa, porque não precisamos nos incomodar com chamar táxi ou Uber ou ter que pegar trem às cinco da manhã e coisa parecida. Tivemos que esperar algum tempo na parada, esperando o ônibus chegar, perto do Mercado Público. Conversamos sobre música e sobre produção autoral. Ainda estou me acostumando com isso, mas é importante. Me manter cada vez mais dentro de uma persona, como um personagem, orgulhoso e que banca a própria obra. </div>
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<br /></div>
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Depois de pegar o ônibus é rápido de chegar na casa do vini. Ficamos no apartamento assistindo vídeos de Neil Young e Arcade Fire e outras bandas parecidas, conversando sobre mais de um assunto ao mesmo tempo, e quando a fome parecia que ia nos matar, descemos pra jantar pastel.</div>
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Feliz descoberta esse pastel na CB, custa seis reais e vem generosamente recheado, diferente de vários pastéis por aí que não tem coisa nenhuma e custam a mesma coisa ou mais. Deu pra ficar satisfeito com o lanche. Andamos um pouco pelas ruas principais da Cidade Baixa, que é o verdadeiro centro boêmio de POA, com uma quantidade inumerável de bares e festas e casas de show e lancherias e etc. etc. com os mais diversos públicos alvo e especialidades e temáticas.</div>
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Observa-se um verdadeiro catálogo humano de tipos diversos, mas em geral pessoas bem diferentes daquele padrão classe média moderna. Não são muitos que estão de camisa social e sapatênis, com jeans apertado. Esse perfil se observa mais em baladas sertanejas, e isso eu acho que não tem por ali. O pessoal é mais freak, mais liberal, a moda é piercing, tatuagem, calça rasgada, camiseta rasgada, tênis sujo, e coisa parecida, pelo menos entre os jovens.</div>
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Eu gostaria de ver mais engomadinhos por ali, aumentaria a tensão social. Casais improváveis poderiam surgir, se alguma guria com esse estilo punk-moderno desse alguma moral pra um sertanejo-rico-não-vejo-problema-em-nada. Seria shakesperiano. No mínimo, interessante.</div>
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Depois de jantar e andar por ali, observando vários comportamentos interessantes e conversando ainda sobre música, sobre o rap atual e Kanye West, a gente foi para o show. Era dez e meia da noite, o horário marcado no Facebook como abertura da casa, mas não tinha ninguém. Pedimos para entrar, e o cara da frente falou que tudo bem, mas que ainda não tinha ninguém, que a festa começava mais tarde. Éramos novatos e ficou claro pras pessoas que estavam na rua fumando. Decidimos então ir embora.</div>
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Gostei do comportamento do segurança, afinal, ele poderia não nos avisar nada e entraríamos pra dar de cara com o nada, um lugar vazio por uma hora e meia. Situação bem incômoda.</div>
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Então demos uma volta e rumamos pro apartamento. Ficamos conversando, e em certo ponto parecia que todos tínhamos desistido de ir no show, mas o xim foi o primeiro a dizer vamos lá. Era meia noite e meia.</div>
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Quando chegamos no lugar, já tinha uma boa quantidade de gente. O show não tinha começado. No Facebook, dizia que começaria à meia noite, mas como já tinham errado na hora de abertura, parei de considerar o evento no site como fonte oficial de informações.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegando num lugar desconhecido, a primeira coisa que fazemos é a análise visual. Todo mundo faz isso em todo lugar que entra, isso é inevitável, mas nos desconhecidos o pente é ainda mais fino. Precisei de menos de dez segundos pra saber que a faixa etária média daquele lugar era, pelo menos, uns sete anos mais velha que a minha idade. Rubesci por um momento, mas o raciocínio seguinte foi tão rápido que não deu tempo de me sentir envergonhado de verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O vini e o xim também se sentiram da mesma forma e logo comentaram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Eu nunca fui num lugar onde eu era o mais novo - o xim falou, alegre, e foi essa a sensação geral. Era uma alegria gerada pela novidade, por estar vivendo uma experiência inédita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O show era barato e foi uma das coisas que deu vontade de ir até lá. Só vinte reais. Oquéi, não era uma pechincha. É um preço regular de mercado, mas comparado com ir em uma festa, é barato sim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entramos e desbravamos o lugar rapidamente, não era muito grande. O palco logo do lado da porta, a pista bem na frente do palco. Com um recuo de três metros do palco, tinha um bar no canto direito, onde serviam todas as bebidas. Passando pelo bar, uma escada levava a um mezanino do lado direito, na mesma altura que o palco, uma pistinha pra dançar. No fim da escada, logo em frente ficavam os banheiros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ficamos parados perto da porta do banheiro, bem no fim da escada. Combinamos de pegar uma cerveja, eu pagaria a primeira e o xim a segunda. O vini não queria beber. Aí veio a primeira surpresa negativa: a cerveja era cara. Doze reais a garrafa mais barata. Estratégia interessante: cobram barato a entrada, oferecem um bom show, e a bebida é cara. O lugar faz o lucro na bebida. Mas se bem que hoje em dia qualquer lugar tem preços absurdos de bebida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Achamos uma mesinha pra colocar a cerveja e os copos, estava encostada em uma das paredes da pistinha elevada. Passou pouco tempo até o início do show.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Observamos que uma ex-professora de sociologia da escola estava lá. Ela era uma das professoras com mais afinidade em relação aos alunos, mas nessa noite não foi. Acho que ficou uma fera de ver a gente lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Esse lugar não é pra idade de vocês - ela disse, e isso serviu como oi.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Viemos pra ver o show - eu respondi, enquanto os outros dois respondiam ao mesmo tempo, cada um disse uma coisa e eu não entendi nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- A banda é muito boa - foi o que eu ouvi ela dizer depois.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ficou por isso, ela só passou por nós e não falou mais nada nem nós falamos. Assistimos ao show e em meio as conversas eu fiquei viajando como sempre, observando uma centena de pessoas e como viviam. Umas gurias da nossa idade conversando, um senhor muito mais velho que a média do lugar dançando loucamente, um casal se beijando com muita intensidade, uma outra guria rejeitando mais de um cara que vinha conversar com ela. Como sempre, impressionante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O show teve um intervalo de meia hora onde tocaram diversos sambas. Depois do intervalo, a banda apelou para os clássicos. Interessante que, agora, eu lembro de poucas músicas. A Banda, Cotidiano, essas eu lembro, mas a maioria eu esqueci, e nem fiquei bêbado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi um bom show. A banda tinha um saxofonista cabeludo que lembrava um pouco o Kenny G. Foi engraçado quando ele sumiu no meio do show, eu nem tinha notado, só quando ele passou do nosso lado, saindo do banheiro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A banda entrou naquelas de chamar todas as músicas de "última", parecia eu quando tenho dinheiro pra beber. Parecia que não ia acabar mais, mas depois de cinco últimas músicas, o show acabou de verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois da apresentação, muita gente foi embora, mas não por isso a festa ficou pior. O som que o dj lançou estava excelente, deu uma levantada no astral. Tim Maia, Ed Motta, Gilberto Gil, Nação Zumbi, são alguns dos nomes que eu lembro que tocaram, especialmente porque cantamos e dançamos euforicamente. O vini conhecia todas as letras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Perto de nós pararam duas gurias da nossa idade, e elas pareciam estar interessadas no vini ou no xim, ou quem sabe nos dois, eu não conseguia dizer. Fiquei observando por um bom tempo, mas parecia que nenhum deles tinham sequer notado. Imaginei que não estavam a fim de nada, e como eu estava fora da história, resolvi não comentar nada com nenhum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Elas demoraram pra ir embora, mas só decidimos ir depois disso. O lugar estava praticamente vazio. Pegamos um Uber de volta pra casa, por mais perto que fosse, porque o vini não se sente seguro andando a pé na Cidade Baixa de madrugada. Quando chegamos, demorei alguns minutos para encher o colchão de ar. Combinamos de acordar às sete da manhã. No outro dia, eu tinha que pegar o ônibus de manhã e ir pra casa do meu pai.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conseguimos acordar no horário certo, sem muita resistência, especialmente porque o colchão de ar estava esvaziando, cada vez mais difícil de dormir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos despedimos e fomos para a parada, a mesma que usamos pra chegar. O ônibus logo veio e pegamos o trem na estação Rodoviária. Na volta, eu e xim conversamos bastante, ele me contando sobre as aventuras noturnas que já teve. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que descemos do trem, ele foi para o centro pegar o ônibus e eu voltei pra casa. No caminho, sozinho, não parava de pensar que, nessa noite de sábado, eu tinha aprendido tanto...</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-53533953035163664722017-01-05T16:13:00.000-08:002017-01-06T09:36:35.379-08:00expectativas musicais de 2017<div style="text-align: justify;">
Para 2017, estou de cabelo em pé esperando dois álbuns que parecem ser tão bons (ou até melhores!) do que os lançamentos do ano anterior. São de duas das minhas bandas favoritas: The xx e Gorillaz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a expectativa é gerada pelo que divulgaram até agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O xx lançou o clipe do primeiro single, "On Hold", e apresentou a música no SNL, numa das melhores perfomances que eu já vi no programa. Os sorrisos e as dancinhas são de uma pureza única, coisa difícil de achar por aí, sem falar que a música é muito boa.<br />
<br /></div>
<center>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fmZFhaDHZ_Q" width="100%"></iframe></center>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O Gorillaz, por sua vez, vem lançando várias novidades nas redes sociais. No Instagram, publicaram pequenas histórias em formas de fotos e gifs. Uma história por integrante da banda, contando o que aconteceu com os quatro no período de inatividade. Os desenhos são incríveis como sempre, cheios de cores e colagens.<br />
<br />
Musicalmente, ainda não divulgaram nada. Damon Albarn decidiu fazer algo diferente: cada integrante lançou uma playlist do que andou ouvindo nesse meio tempo. Dentre as quatro, a melhor saiu dia dois de janeiro, feita pela guitarrista Noodle. Meia hora de músicas produzidas por "mulheres inspiradoras", de acordo com a própria descrição na página do Soundcloud. As playlists de <a href="https://soundcloud.com/gorillaz/sets/gap-year" target="_blank">2D</a> e <a href="https://soundcloud.com/gorillaz/sets/russels-caturday-playlist" target="_blank">Russel</a> também estão no Soundcloud.</div>
<br />
<center>
<iframe frameborder="no" height="450" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/300582035&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe></center>
<br />
2017 promete!Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-71461170168113564052016-12-29T18:14:00.000-08:002016-12-30T02:58:09.452-08:00leiam os brasileiros<div style="text-align: justify;">
<i>Difícil fotografar o silêncio.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Entretanto tentei. Eu conto:</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Madrugada, a minha aldeia estava morta.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Eram quase quatro da manhã. Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O silêncio era um carregador?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Estava carregando o bêbado.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Fotografei esse carregador.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Tive outras visões naquela madrugada.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Preparei minha máquina de novo.</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Fotografei a existência dela.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo. Fotografei o perdão.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
"O Fotógrafo", de Manoel de Barros</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roubei esse poema maravilhoso da <i>newsletter</i> diária <a href="http://www.leiabrasileiros.com.br/" target="_blank">Leia Brasileiros</a>, e manifesto aqui todo o meu amor por ela. Recebo poemas, trechos de romances e trechos de contos de autores brasileiros novos e antigos, de movimento específicos ou que estão recém lançando livro...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, não sei dizer quem é o autor dessa iniciativa. Encontrei a recomendação para me cadastrar no Twitter, fiz na mesma hora e a partir de então comecei a receber, todos os dias, trechos incríveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigado, responsável anônimo do Leia Brasileiros!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica a recomendação para os fantasmas que lerem essa postagem poderem começar seus dois mil e dezessete com mais literatura brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.S.: Sobre o poema, não farei nenhum comentário além do anterior, "maravilhoso". O poema fala por si, parece que cada vez que se lê, se saboreia mais.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-5299509557599994082016-12-26T18:23:00.001-08:002017-01-06T03:14:34.025-08:00this must be the place - talking heads<center>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/o9gK2fOq4MY" width="560"></iframe></center>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Home is where I want to be</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Pick me up and turn me round</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>I feel numb - born with a weak heart</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>I guess I must be having fun</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>The less we say about it the better</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Make it up as we go along</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Feet on the ground</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Head in the sky</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>It's ok I know nothing's wrong... nothing</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho me sentido engraçado nos últimos dias. A chegada das festas de fim de ano, as férias do trabalho, o fim do semestre na faculdade e o desencontro com várias das pessoas que eu via regularmente me fez refletir bastante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aí aparece essa música. Serve como um bom epílogo para o ano. Resume bem tudo o que aconteceu. E é <i>tão</i> boa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O próximo ano vai ser diferente. Estou sozinho. Finalmente, estou visualizando a solidão e não penso que vai ser tão ruim. Coisas acontecem no seu tempo. Acho que ter parecido tão carente por tanto tempo fez com que várias pessoas me evitassem - pessoas que eu não deveria ter contato, no primeiro lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em matéria de amor, fui uma verdadeira tragédia. Parecem poucos os motivos pra continuar insistindo em qualquer tentativa de relacionamento que eu tinha. E essa é uma das áreas que mais pesa na minha avaliação geral do ano, especialmente porque passei tanto tempo tão carente que dói lembrar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dois mil e dezesseis vai terminar. Finalmente. Resoluções de ano novo e promessas de novos hábitos sempre surgem nesse período, e pouco significam. Ninguém muda quando a noite adentra a madrugada do primeiro dia do novo calendário. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que esse texto não esteja parecendo com promessas ou resoluções, porque, afinal de contas, eu demorei pra encontrar, mas achei a resposta: "<i>feet on the ground / head in the sky / it's ok I know nothing's wrong... nothing</i>".</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-88784289431969928102016-12-20T17:01:00.002-08:002016-12-20T17:01:54.262-08:00cadastrado em mais um serviço<div style="text-align: justify;">
Tive de ir ao tabelionato de Novo Hamburgo hoje. Pra reconhecer firma de uma assinatura, se deve ter cadastro no tabelionato. Eu não tinha e fiz na hora. Detesto isso. Não gosto de me cadastrar, não gosto de ter documentos. Mais alguém tem essa sensação? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um pouco mais abaixo nessa mesma página tem um texto sobre rastrear todos os serviços registrados no email e excluir eles. Hoje em dia eu tomo noto de todos. Tento tomar nota de todos os lugares que eu já me registrei pessoalmente também. Procuro ter alguma forma de controle sobre as formas de controle. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem, fui no CREA fazer minha carteira profissional. Hoje, me registrei no cartório pra que eles tenham minhas informações e minha assinatura. Já não sei mais quantos lugares possuem minhas fotos, minha assinatura, meu endereço. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso ser paranoico, mas eu não consigo gostar disso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
I might be paranoid, but I'm not an android.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou vendo uma série, Friday Night Lights, que se passa numa pequena cidade fictícia do Texas, e eles prezam por toda essa questão de orgulho americano, o <i>american dream</i> e etc. A noção de privacidade e propriedade parece ser importante, como um direito universal e básico. É pra mim também, mas se mesmo eles possuem documentos e o maior sistema de vigilância do mundo, é possível escapar? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu pudesse, não teria nem nome. Não teria nada, seria uma pessoa livre para ir e voltar, identificável apenas por aqueles que eu quero que me identifiquem. Como um animal, solto pelo mundo, inominável, incontrolável, imprevisível. Mas é claro que isso envolveria um mundo totalmente diferente, uma realidade anarquista onde não existe capitalismo nem governos.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-16494755547397017982016-12-16T07:21:00.000-08:002016-12-16T14:36:18.943-08:00os novos decretos de alê oliveiranão cansam de conversas vazias<br />
e perguntas de tia<br />
"quantos namorados tu tem?"<br />
como se isso importasse pra alguém<br />
<br />
comecei a cantar<br />
pra não deixar<br />
abrir uma brecha<br />
pra alguém falar<br />
que erro eu sou<br />
pra onde eu vou<br />
e quem perguntou<br />
se empolgou<br />
porque não vou dizer<br />
nada que não quero<br />
pode sentar e chorar, eu te espero<br />
<br />
há quanto tempo tentam me convencer<br />
a ser alguém<br />
que não tem tempo pra ninguém<br />
fabricam uma imagem<br />
e imaginam que eu sou assim<br />
uma verdadeira bobagem<br />
depois riem de mim<br />
como se fosse verdade<br />
que eu não tenho idade<br />
pra cuidar de mim mesma<br />
mas eu tenho certeza<br />
que se for pra ser sozinha, beleza<br />
eu não fico envergonhada<br />
eu não perco a passada<br />
a pista é minha<br />
não preciso de ninguém<br />
não procuro alguém<br />
não lanço olhares banais<br />
pra qualquer rapaz<br />
que queira beijar<br />
que procura namorar<br />
que pensa que com passo torto<br />
e papo de que é a favor do aborto<br />
eu vou mudar a forma de agir<br />
falar o que ele quer ouvir<br />
deixar ele passar a mão até sorrir de prazer<br />
e parar estagnado e parecer que vai morrer<br />
<br />
mas não vai morrer, vai só me deixar de lado<br />
pra falar com o comparsa abandonado<br />
que não conseguiu nem isso na noite<br />
e amanhã passará o dia todo no açoite<br />
que impôs a si mesmo<br />
por não ter a coragem de largar a bebida<br />
cair na pista e começar a dançar<br />
procurar uma guria que possa lhe dar<br />
a chance de conversar e quem sabe apaixonar<br />
alguém que não seja feita de conversas vazias<br />
perguntas de tia<br />
mas já que ele não vem mudar a sua sorte<br />
tentar por esporte<br />
sem aquela ordem de "beijou? corra!"<br />
eu quero mais que ele se fodaVictor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-73415306994199872042016-12-15T09:27:00.001-08:002016-12-16T01:50:35.775-08:00ao menos tivemos música boa em 2016<div style="text-align: justify;">
Em vários aspectos, 2016 deve ser considerado um ano desastroso. Morreram várias personalidades, incluindo David Bowie ( =/ ); o time da Chapecoense, jornalistas, dirigentes e etc. também morreram em um acidente absurdo; Michel Temer está se provando um verdadeiro tirano, capaz de aprovar e incentivar as medidas e leis mais impopulares do mundo; a guerra na Síria continua, com consequências cada vez maiores na União Europeia; Trump foi eleito presidente americano; o Inter caiu pra série B, e; o governo do Rio Grande do Sul segue a mesma linha do nosso presidente, anunciando cortes absurdos em nome da <i>saúde financeira</i> do estado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Maaaas, como nem tudo na vida é caos, e como nunca abandono o otimismo - o que é um pouco inocente - não podemos negar que 2016 deve ter sido o melhor ano em número de álbuns maravilhosos desde os anos 90. Difícil pensar em outro ano recente com tantos lançamentos incríveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Planejei escrever um parágrafo sobre cada. Porém, quando comecei a relacionar os álbuns, notei que seriam parágrafos demais. Desisti da ideia, agora vou só listá-los. Talvez outra hora eu faça esse resumo por parágrafo, mas não é uma prioridade. Pretendo falar sobre eles no futuro próximo, no podcast Compactado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui estão os meus álbuns favoritos de 2016: </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li><i>4 Your Eyez Only</i>, J. Cole;</li>
<li><i>Coloring Book</i>, Chance The Rapper;</li>
<li><i>The Life of Pablo</i>, Kanye West;</li>
<li><i>Blonde</i>, Frank Ocean;</li>
<li><i>A Seat at the Table</i>, Solange;</li>
<li><i>Joanne</i>, Lady Gaga;</li>
<li><i>A Moon Shaped Pool</i>, Radiohead;</li>
<li><i>Melhor do que parece</i>, O Terno;</li>
<li><i>Boogie Naipe</i>, Mano Brown;</li>
<li><i>We got it from Here... Thank You 4 Your service</i>, A Tribe Called Quest.</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Ok, esses são os que me lembro. Se surgirem mais, adicionarei à lista.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-15455397819235291542016-12-08T11:10:00.003-08:002016-12-15T09:41:23.769-08:00ferramenta contra o rastro digital<div style="text-align: justify;">
Já faz um ano que me interessei muito pelo assunto internet e o uso dos dados dos usuários para fins comerciais por parte das empresas de tecnologia. Ainda bem que esse tópico entrou em pauta para o grande público através das séries Mr. Robot e Black Mirror - que ainda não assisti, mas sei que trata de assuntos relacionados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou preparando um post que vai ficar meio longo sobre como uso a internet, mas enquanto ele não sai, vou lançar isoladamente uma recomendação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descobri um serviço essencial na internet moderna, chamado <a href="http://deseat.me/">deseat.me</a>. Com ele, é possível rastrear tudo aquilo que o usuário alguma vez relacionou com a sua conta Google. Toneladas de sites e newsletters que tu te registras e depois esquece, ou para de utilizar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Usando a ferramenta, descobri trinta e dois serviços: dezoito deles eu listei como "excluir", e os outros catorze eu mantive. Naqueles que tu selecionas excluir, é elaborada uma fila de exclusão, e ele indica os links dos sites para encerrar a conta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nas newsletters não é tão simples, pois não se forma uma conta, propriamente. O que eu fiz: mandei um novo email solicitando participar da newsletter, e quando ele chegou, cliquei em "unsubscribe". Em alguns serviços, parece ser impossível excluir a conta, o que é bem interessante de saber. A nuvem PCloud é um deles, e por isso não recomendo. Por sorte, nunca cheguei a utilizar, está completamente vazia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Excluir as contas inativas é importante para diminuir o rastro digital que deixamos. Acho bizarro imaginar que, se algum dia eu quiser sair da internet, será praticamente impossível. Não vou conseguir me lembrar de <i>tudo </i>que eu já me cadastrei: todas as minhas fotos que estão em servidores desconhecidos, todas as informações de nome, data de nascimento e sexo, pra dizer o mínimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, esse serviço não funciona com a conta da Microsoft (espero que seja temporário), e por isso não fiz a limpa em <i>todos os sites </i>que já me cadastrei. Mesmo assim, recomendo muito àqueles que têm conta no Google, e querem manter o controle das suas informações na internet - pelo menos parcialmente.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-40730709569120889162016-12-08T08:41:00.001-08:002016-12-15T09:41:34.643-08:00grêmio campeão... campeão?<div dir="ltr" id="divtagdefaultwrapper" style="font-family: calibri, arial, helvetica, sans-serif;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Grêmio acaba de ser campeão de alguma coisa. Pra quem tem vinte anos, isso é inédito. Estamos todos, eu, meus amigos e colegas, pasmos. Os gremistas nem sabem como comemorar. Como colorado, estou descobrindo algo também inédito: até ontem, parecia pra mim que o Grêmio nunca venceria nada. </span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ok, é exagerado dizer isso, afinal, <i>alguma hora</i> ele iria ganhar. Mas parecia tão, tão distante, que era como se não existisse. E o ano é duplamente especial para os gremistas, porque saíram da fila e verão o Inter ser rebaixado.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Particularmente, espero que o Inter escape. Na bola e no jurídico. Dos dois jeitos, vai dar certo. Se não for na bola, pode acreditar que com esses emails lançados pelo Estadão, vai ser no tribunal. Os caras erraram na transferência, vai dizer o quê? </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E ano que vem as coisas <i>tem que </i>ser diferentes. Se continuar essa palhaçada, sem lateral esquerdo, sem meio campo, com Paulão e Ernando na zaga, o filme será de terror, na série A ou B. Caramba, algo precisa ser feito. Eu quero ir no Beira Rio todo jogo ano que vem, quero me associar, mas se é pra manter essa várzea, não vale o esforço. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É isso: parabéns aos gremistas. Ontem eu até fiquei feliz pelo Grêmio, mas puto da vida ao mesmo tempo. Sensação esquisita. Espero que nunca mais ganhe nada. E espero que o Inter ajeite a casa, jogando a série que for, eu só quero que ajeitem a casa, pelo amor de Deus. </span></div>
</div>
</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-43855049219428552412016-11-05T17:00:00.002-07:002016-11-07T01:33:49.773-08:00novas playlists no Spotify<div style="text-align: justify;">
Mantive a boa média de três posts por mês até chegar setembro e a média cair para dois, repetida em outubro. Fico um pouco triste porque não esqueci desse blog. Eu penso bastante nele, na verdade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acontece que a minha autocensura ainda não está flexível como deve ser a de um blogueiro. Tenho algo em torno de cinco posts prontos nos rascunhos do Blogger, e sem nenhuma expectativa de publicá-los, porque não parecem prontos, ou bons o bastante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ultimamente, ando com pouco tempo de escrever algo <i>para o blog</i> também, e comecei a me perguntar se deveria publicar as outras coisas que ando fazendo, como poesias - já que ninguém lê mesmo (rs). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por enquanto só vou divulgar as playlists que tenho no Spotify. São três, cada uma com uma temática: </div>
<div>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://open.spotify.com/user/victorrwolff/playlist/02gvXnUc3yTaElLGNTckFl" target="_blank">trip hop / house</a>: ouço muito quando estou escrevendo ou indo e voltando pra casa, na van; </li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://open.spotify.com/user/victorrwolff/playlist/1Au5tRsqrJucxJUh7Bzk4V" target="_blank">girls</a>: constam apenas cantoras e bandas com cantoras. Essa é a melhor, na minha opinião;</li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://open.spotify.com/user/victorrwolff/playlist/2v1vXQ9Gj7f6WzWVjPRRnQ" target="_blank">alternative rock</a>: bandas que fazem um som bacana, todas as músicas tem uma pegada leve, boa de ouvir se estiver dirigindo, por exemplo. A minha Itapema FM dos anos 00/10.</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
No mais, é isso, já tenho outros posts programados, mas vem vindo devagarinho, conforme eu lembro, tenho paciência ou <i>quero mesmo</i> postar.</div>
</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-76428320639870821272016-10-22T14:55:00.000-07:002016-10-26T05:18:05.491-07:00bloqueio<div style="text-align: justify;">
Tenho uma história pra reescrever o final e outra pra começar. A primeira está feita, mas precisa de alguma edição para ficar melhor, segundo o meu amigo Dominiscki, escritor que revisa os meus textos e diz no que posso melhorar. Eu sempre sigo os conselhos dele. A trama da segunda está quase pronta, falta elaborar a parte-que-leva-pro-final, porque o final já está definido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não consigo escrever. E não só essas histórias: fazer essa confissão está sendo um parto. Eu me distraio facilmente, são muitas abas abertas dentro da tela e da cabeça. Acordei às duas e meia da tarde hoje, porque saí ontem a noite, e a festa reverbera dentro de mim como quando se está no pátio e lá dentro de casa o som alto sai abafado mas presente. Isso tira a minha concentração e acaba destruindo qualquer possibilidade de manter o pensamento focado nas palavras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também, nenhuma frase se quer parece boa o bastante para começar uma história ou corrigir a outra. Todas soam falsas e sem peso e sem valor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faço pouco uso desse blog, mas quando uso é para escrever sobre coisas impessoais. Hoje estou fazendo um post pessoal, e sei que não vai ser lido, mas mesmo assim é difícil, porque dentro da cabeça os pensamentos estão sempre armados até os dentes, e depois de escritos eles são tão indefesos quando um gatinho filhote. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava seguindo uma linha de raciocínio na minha mente e, de repente, ela se perdeu. Fiquei mais de meia hora entre o parágrafo anterior e esse, sem saber pra onde ir, porque esqueci o que queria dizer. Esse é o tipo de bloqueio que estou tendo, é uma falta de concentração que não me deixa prosseguir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Preciso rever minha atuação na internet. Preciso deixar a internet, pelo menos como uso agora. Acho que vou passar a ficar mais nesse blog, e menos nas redes sociais. Eu gostaria de não ter redes sociais. Talvez deixar apenas o Twitter, e o Facebook para monitorar os eventos. Minha atenção é sugada pela quantidade de interação e por acompanhar a vida alheia, até que surgem momentos em que ganho foco e noto quanta besteira estou fazendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Twitter, o blog, e o email. Esses são os três meios de escrever que gosto, e estou sendo estúpido de não utilizá-los mais, de substituí-los por fotos e vídeos e curtidas e interações rasas que pouco dizem sobre mim e sobre os outros. Preciso organizar minha vida, e vou começar por aí.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-79322836008455595552016-10-13T13:15:00.000-07:002016-12-16T01:56:57.240-08:00halt and catch fire<center><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" align="center" src="https://www.youtube.com/embed/RY8NO8R4AI8" width="560"></iframe></center>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<i>toda série foda tem que ter uma entrada foda</i></div>
<br />
Depois que Mad Men acabou, eu achei que iria ficar um bom tempo sem ver séries. Estava certo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhamente, tem <i>alguma coisa</i> nas séries do Netflix que faz com que eu não gosto de nenhuma. É alguma coisa no som, que parece meio vazio, ou na filmagem, que as atuações ficam meio vazias... Não sei explicar, mas não é como as séries da TV, tanto que já devo ter começado ou visto episódios aleatórios de umas dez produções Netflix sem gostar de nenhuma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Halt and Catch Fire, assim como Mad Men, é uma <i>série de época.</i> Se passa nos anos 80, durante a revolução tecnológica dos computadores pessoais, e começa com um anti-herói do mesmo perfil que Don Draper: Joe MacMillan. No princípio, parece que vai descer a mesma rua: ele tem conflitos internos e problemas pessoais desconhecidos, mas é obstinado, orientado pro sucesso. Mas a série se torna muito maior que isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além de Joe, HTC tem duas protagonistas femininas e mais um protagonista masculino, cada um com uma personalidade tão diferente e tão real que bota quase todas as outras séries que eu já vi no chinelo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A construção de personagens é algo interessante e difícil de fazer. Eles têm que ser verossímeis, com detalhes próprios e coerentes, mas ao mesmo tempo <i>não demais</i>, pra que não fique parecendo uma caricatura. Em HTC, os personagens são pessoas de verdade, e a química entre os atores torna a coisa toda mais real.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso, me interessa muito o uso de ambas séries, Mad Men e HTC, para o mesmo fim: retratar o passado pra falar do presente. Em Mad Men, o racismo e o feminismo, os conflitos sociais e protestos são presentes em diversas temporadas e protagonizam os eventos da série. Em HTC, a presença das mulheres no meio da tecnologia (que são minoria até hoje), a homossexualidade, o corporativismo e o casamento são temas altamente explorados, e se não fosse pelo vestuário e os computadores IBM XT, a série poderia se passar em 2016. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A terceira temporada recém terminou na AMC (estou no fim da segunda) e, apesar da baixa audiência, será feita uma quarta e última temporada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu poderia falar sobre <i>todos </i>os aspectos positivos da série, mas ressaltar a construção dos personagens, trama e qualidade do elenco (individual e coletivamente) já é o bastante (ainda poderia falar da contextualização, do figurino, da trilha sonora, filmagem, etc., etc.).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já é uma das minhas séries favoritas.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-75964471505470243112016-09-23T09:46:00.000-07:002016-09-23T09:46:25.615-07:00o folclore brasileiro<div style="text-align: justify;">
É sempre demais quando surgem iniciativas que buscam promover a cultura e o folclore do Brasil, especialmente porque temos histórias e personagens - especialmente de origem indígena - que são muito legais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse mundo moderno e urbano, esse tipo de mitologia se perde. É preciso um trabalho muito forte nas escolas ou dos pais para que as crianças venham a conhecer figuras como Curupira, Boi Tatá e Saci Pererê (pra ficar só em alguns), e fica cada vez mais difícil quando se tem que competir com Ben 10 e Homem de Ferro, figuras constantes na TV e na internet.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lLsSw5V6v2A" width="560"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquei de boca aberta quando soube d<a href="http://papodehomem.com.br/icamiabas-amazonia-pedra-desenho-animado-paraense-curupira" target="_blank">o desenho Icamiabas na Amazônia de Pedra</a> (episódios estão no post original), uma espécie de Meninas Super Poderosas baseada na lendária tribo indígena constituída apenas por mulheres, adaptada à um cenário urbano onde enfrentam diversas figuras também míticas (e com sotaque paraense)! Uma iniciativa muito legal para divulgar a cultura do norte do Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daqui do Rio Grande do Sul, eu nem conhecia a maioria dos personagens.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<http: img.estadao.com.br="" jpg="" resources="" thumbs="">
Outra iniciativa muito bacana foi feita por um biólogo brasileiro, que, surfando na onda do Pokemón Go, buscou imaginar <a href="http://link.estadao.com.br/noticias/cultura-digital,inspirado-em-pokemon-go-biologo-cria-pokemons-brasileiros,10000075567" target="_blank">como seriam os monstros em versão brasileira</a>, baseados em diversos animais e plantas que temos por aqui. De novo, muitas das figuras eu nem conhecia.</http:></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que se pode questionar a adaptação da nossa cultura para os moldes de outro lugares (no caso, desenhos americanos e japoneses), mas qualquer tentativa de manter o folclore brasileiro vivo é válida quando vivemos em uma realidade onde nem o Sítio do Picapau Amarelo passa mais junto com TV Globinho (voltem!).</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-15076271492936960792016-09-11T15:05:00.000-07:002016-09-12T04:05:23.692-07:00assustadora a internet chinesa<div style="text-align: justify;">
O vídeo abaixo é impressionante:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="280" src="https://mais.uol.com.br/static/uolplayer/index.html?mediaId=15958569" width="100%"></iframe>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já é possível vermos um esboço desse <i>super app</i> com o Facebook tendo comprado Instagram e Whatsapp, e o Google com todas as ferramentas que possui. Acredito que o grande diferencial será o incremento da transferência bancária, que vai mudar muito a forma como utilizamos a internet, <i>murando </i>a mesma cada vez mais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A resistência quanto à entrega dos nossos dados de mão beijada para as grandes empresas é minúscula, e infelizmente quanto mais pessoas utilizam os serviços das mesmas, mais se torna necessário. Somente com uma guinada extrema poderemos evitar um futuro distópico a la 1984.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vi o vídeo primeiro no blog <a href="http://www.urbe.cc/como-china-esta-mudando-internet/">Urbe</a>, do Bruno Natal. Por sinal, recomendo muito. </div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-3013103127343839672016-08-13T17:59:00.000-07:002016-08-14T05:47:33.715-07:00perdidamente apaixonado por Fiona Apple<div style="text-align: justify;">
Faz pouco tempo que descobri o álbum Tidal, da Fiona Apple, artista que nunca tinha ouvido, e estou simplesmente apaixonado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha tido a mesma sensação quando descobri o álbum Grace, do Jeff Buckley, e como é bom ouvir essas vozes lindas. Detalhe que os dois são álbuns de estreia - e que estreias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Todas as onze faixas de Tidal são incríveis, e surgiram num período interessante para mim: comecei a andar de van três vezes por dia ao mesmo tempo que comecei a ouvir o álbum, e aí todos os trajetos parecem cena de um filme europeu daquele tipo dramático, coisa linda de <i>sofridão</i>, mas é claro sem a parte da sofridão de verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os aspectos desse álbum são maravilhosos: as letras, o piano, as orquestrações, a capa, e especialmente, que coisa bem boa, a voz. Que voz, que canto!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou deixar o link pra uma das mais tristonas e ao mesmo tempo uma das melhores músicas que já ouvi, 'Slow Like Honey':</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/K2ZOgXmIs34" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Que pancada.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-91999607165577778742016-08-05T04:17:00.001-07:002016-08-05T04:17:12.691-07:00alguém que unisse todas as tribos<div style="text-align: justify;">
Voltei a blogar depois de um longo período longe desse meio. A maioria das vezes em que tive um blog (ou participei de um) foi durante a pré-adolescência, dos doze aos quinze anos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, sempre admirei os blogs e lamentei muito o repentino escanteamento dos mesmos. No tempo do Orkut, havia uma certa sinergia entre entre os dois, e eu me lembro de muitas pessoas utilizarem os fóruns para divulgar seus blogs sobre os mais diversos assuntos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, com o Facebook e o Twitter, os espaços para compartilhar pensamentos e coisas interessantes passaram pra dentro dessas redes sociais; os blogs passaram a ser murados (é necessário possuir uma conta para utilizar o Facebook) e se paga com dados - que envolvem tudo, desde localização até preferências - para ler, escrever e, especialmente, compartilhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre isso, tem <a href="http://outraspalavras.net/posts/as-redes-sociais-estao-matando-a-internet/">um texto excelente</a> de um blogueiro iraniano que se deparou com uma internet totalmente diferente depois de sair da prisão (ele utilizava o blog como meio de publicar ideias contra o governo no período da Primavera Árabe). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, tudo isso pra dizer que um dos motivos que me fez voltar foi o descobrimento de um blog dos blogs, chamado <a href="http://www.centraldotextao.com/">Central do Textão</a>, uma iniciativa sensacional para centralizar os posts de vários blogs do Brasil afora. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acompanho a homepage diariamente e já descobri vários blogs bacanas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora faço parte dessa iniciativa, e estou muito feliz, porque depois de acompanhar coletivos de blogs incríveis, como OEsquema, insanus.org e interbarney, finalmente posso fazer parte de um!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que esse coletivo ajude a nossa rede e que aos poucos os blogs voltem a ser populares na internet brasileira.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-6190872539727524822016-08-03T16:57:00.000-07:002016-08-04T09:03:27.041-07:00guia básico: signos<div style="text-align: justify;">
<b>O que são signos?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
Signos, popularmente, é como é conhecida a ciência chamada astrologia. Acredita-se que cada período entre os dias 21 de um mês e 20 do outro é caracterizado por um deles, e que, quando se nasce, a pessoa se torna automaticamente daquele signo. É comum o diálogo: <br>
<br>
- Que mês tu nasceu?<br>
- Dezembro.<br>
- Sabia, você é bem sagitário.<br>
- Eu sou de capricórnio.<br>
<br>
São doze os signos: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.<br>
<br>
<b>Mas e serpentário</b>?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Serpentário seria o décimo terceiro signo, pois é uma constelação inclusa no zodíaco, entre escorpião e sagitário, mas não é, porque não fica bonito, doze meses e treze signos, ainda mais que todo mundo teria que trocar o seu. A inclusão do décimo terceiro signo, porém, é defendida por astrólogos que fazem mapa astral e por analistas, uma vez que isso triplicaria a quantidade de pacientes de ambos, especialmente com o número de crises de identidade para o último.<br>
<b><br>Qual a parte boa de ter um signo?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
A parte boa é que quando alguém estiver lendo um resumo das características do seu signo, você pode ouvir o resto dos amigos do churrasco dizer "igualzinho a ti" e sorrir com cara de astrologicamente correto. <br>
<br>
<b>Qual a parte boa da astrologia?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
A parte boa da astrologia é que, no churrasco, enquanto não se usa o papel de jornal para começar o fogo, alguém pode pegá-lo e começar a ler em voz alta o horóscopo do signo alheio, e todos começarem a rir dizendo "te cuida, hein, Wesley", até que alguém diz "lê o meu" e então, aos poucos, todos os signos são lidos para agradar aos participantes da reunião.<br>
<br>
<b>O que são elementos?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
Elementos são uma espécie de categoria de signos. Existem quatro: terra, fogo, água e ar (sim, coisa de alquimista mesmo) e cada um deles é referente a três signos específicos. Por exemplo, sagitário é do elemento fogo. Pessoas do mesmo elemento tem chances de maior afinidade. Dos quatro elementos, dois deles são balela, e os outros dois são factuais, já comprovados através da ciência. Adivinhe quais.<br>
<br>
<b>Sou de capricórnio e meu ascendente é virgem. Vou me dar bem com leoninos?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
Sim. Ou não. Para fazer uma análise precisa, considere um leonino por vez e pergunte a si mesmo se sente afinidade por aquela pessoa: se sim, sim, se não, não. <br>
<b><br>É verdade que determinados signos possuem maior ou menor afinidade na cama?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
É verdade. Especialmente se a pessoa também acreditar em signos. <br>
<b><br>Por que os signos são tão populares?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
Existe uma tendência muito forte - e até hoje inexplicável - do ser humano tentar enquadrar tudo. Nesse caso, estão enquadradas a sua personalidade, gostos, atitudes, amizades e até parceiros. <br>
<b><br>Comprei uma revistinha de diversidades para ler durante a viagem de trem e no horóscopo dizia que eu deveria me manter atento com trabalho e dar mais atenção à família. Devo me preocupar?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br>
Leia o horóscopo do terceiro signo depois desse. Geralmente é igual.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-83234411836687860232016-07-31T18:01:00.000-07:002016-07-31T18:29:40.766-07:00Is This It<div style="text-align: justify;">
Ontem, dia 30 de julho, foi aniversário de quinze anos do lançamento do álbum Is This It, dos Strokes, que saiu primeiro na Austrália e depois, em outras datas, pelo resto do mundo.</div>
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Eu não ouvi esse álbum na época do lançamento (ocupado demais assistindo Pokémon e Laboratório do Dexter) e mesmo assim considero ele marcante, sendo que só apareceu na minha vida quase dez anos depois (em 2009 ou 2010).</div>
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As letras sobre a vida nova iorquina (acho que ainda vou falar muito sobre o meu fascínio por produções nova iorquinas), os riffs de guitarra, a bateria quase eletrônica, o vocal inspiradíssimo do Julian... Todos esses fatores fazem desse álbum uma obra prima, tanto que está sempre no top 3 dos melhores álbuns dos anos 2000.</div>
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Para comemorar, vou deixar o link pra uma das minhas músicas favoritas, 'When It Started', em uma das apresentações mais legais dessa época:</div>
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<br /><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dBeQKC3Gp_g" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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História interessante sobre essa música: ela só faz parte da versão americana, em CD, do Is This It, substituindo 'New York City Cops', uma vez que o álbum saiu nos EUA depois do 11 de setembro e a banda resolveu não lançar aquela música no país depois do atentado e da ação policial (no vinil saiu a tracklist original).</div>
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Quando se baixa o álbum, geralmente 'When It Started' não está inclusa, o que é uma pena. Eu descobri sem querer no Youtube uma vez e passou a ser uma das minhas favoritas na mesma hora.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-8003238278531792632016-07-28T18:54:00.002-07:002016-07-28T18:56:32.360-07:00pérolas brasileiras<div style="text-align: justify;">
Da série: o melhor do Brasil é o brasileiro.</div>
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"Traficantes da Lapa vendiam cocaína com logotipo da Olimpíada</div>
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Droga apreendida ainda trazia recomendação para usá-la longe de crianças"</div>
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<a href="http://oglobo.globo.com/rio/traficantes-da-lapa-vendiam-cocaina-com-logotipo-da-olimpiada-19784648?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo">http://oglobo.globo.com/rio/traficantes-da-lapa-vendiam-cocaina-com-logotipo-da-olimpiada-19784648?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo</a></div>
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Essa notícia surgiu na timeline do Facebook e explodiu dentro de mim uma mistura de sensações das mais variadas. Em especial, fui atingido pela poesia envolvida na recomendação da embalagem, "use longe das crianças".</div>
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Não consigo divagar muito sobre o assunto, fica por isso mesmo, a imagem vale mais que qualquer texto.</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3848834547178589479.post-70298524120161732632016-07-28T12:20:00.001-07:002016-07-29T04:15:43.613-07:00de volta<div style="text-align: justify;">
Agora é oficial: estou reativando a minha vida de blogueiro.</div>
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Na verdade, foram poucos os blogs que eu tive e todos duraram um tempo ínfimo, mas o desejo de voltar sempre foi grande.</div>
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O que me impedia era, sem sombras de dúvidas, o medo do Blogpost acabar: eu não gosto do Wordpress e sou viúva do Google Reader, o melhor serviço do Google que foi descontinuado de repente. Esses dois fatores me freavam na hora de decidir regressar à blogosfera.</div>
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Qual foi a mudança entre antes e agora? Nenhuma aparente. Simplesmente voltei porque deu na telha, não acredito mais que o Blogspot vai acabar de repente. Porém, se acabar, como eu sou zicado!</div>
Victor Wolffenbüttelhttp://www.blogger.com/profile/13044807187538700235noreply@blogger.com0